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Evento no Cesul debateu sobre os conflitos na Ucrânia

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O debate foi conduzido por três professores, que explanaram as suas visões e conhecimentos.

A participação dos alunos foi expressiva na palestra realizada no auditório da instituição de ensino. Foto: Assessoria.

Desde fevereiro as atenções de todo o mundo estão voltadas para a Ucrânia, quando o País começou a ser atacado pela Rússia, num conflito que já dura mais de um mês. Estes conflitos geram diversas discussões em rodas de conversas e, naturalmente, muita preocupação.

Visando debater sobre os principais pontos que envolvem o assunto, o Cesul organizou em março uma mesa redonda. Participaram do evento os professores Leomar Rippel, professor do Cesul, doutor em História e coordenador do Núcleo de Relações Internacionais da instituição; Marlon Clóvis Medeiros, doutor em Geografia Humana e professor nos cursos de graduação e pós-graduação em Geografia, da Unioeste; e Ana Maria Zanini, professora do Cesul nos cursos de Direito e de Administração, graduada em Letras e Direito e mestra em Linguagem e Sociedade. Para o professor Leomar, estes debates são extremamente relevantes.

“O objetivo principal foi fazer uma análise acadêmica. De maneira geral, o conflito está sendo tratado pelo Ocidente de forma muito panfletária e superficial. Sempre é bom esclarecer que a invasão da Ucrânia pela Rússia é um claro atentado à soberania territorial, por isso é importante compreender o conflito em seus múltiplos aspectos. Falamos um pouco do jogo geopolítico mundial que envolve as potências econômicas e militares a nível global. O que está acontecendo no planeta é uma nova reconfiguração do xadrez geopolítico, isso pode ser visto com ascensão cada vez maior da China em vários aspectos e da Rússia que se dá, principalmente, no aspecto militar.”

E a tendência é que o foco saia do dólar como moeda internacional. “A Ásia, mais especificamente a China, parte do Oriente Médio e a Rússia, buscam outras formas de fazer comércio no intuito de saírem do dólar, ou seja, que o sistema bancário não esteja mais vinculado ao Sistema de Transação Internacional Bancário. Essa hegemonia absoluta dos Estados Unidos começou com o colapso da União Soviética, em 1991, que foi quando os seus interesses se sobrepuseram aos interesses do restante do mundo. Agora, isso começa a mudar, pois já não são os únicos atores globais que têm condições de interferir no jogo geopolítico mundial”, explicou o professor Leomar. Ainda segundo o professor, a expansão da Otan no Leste europeu em direção ao território russo é o principal motivo que levou à invasão da Ucrânia. “A Otan não é um pacto humanitário, mas sim militar, e foi criada em 1949. Nesse sentido, uma possível entrada da Ucrânia na organização causou tensão e insegurança da Rússia. É bom lembrar que a maioria das invasões que a Rússia sofreu iniciou por esta região.” A professora Ana Maria aprovou a iniciativa do debate.

“Foi extremamente gratificante participar da mesa redonda acerca do conflito e dividir com os professores Leomar e Marlon tópicos reflexivos que, somados, desencadearam o conflito iniciado em 24 de fevereiro. Dentre as muitas abordagens, pontual foi a oportunidade de mensurar a atuação dos organismos internacionais responsáveis pela manutenção da paz, bem como analisar o papel do Direito Internacional Público e as relações internacionais diante de um conflito armado. É sempre ímpar, em um ambiente educacional, propiciar e fomentar momentos como este que nos permitem estabelecer um paralelo entre a teoria e a prática.”

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