Dia 14 de março os acadêmicos do 5º período do curso de Direito do Cesul – Centro Sulamericano de Ensino Superior – visitaram as instalações da Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, acompanhados do professor Luiz Carlos D’Agostini Júnior, coordenador de estágios da Faculdade de Direito de Francisco Beltrão. A visita tem a ver com a disciplina de Direito Penal, e objetiva conhecer, na prática, o conteúdo visto em sala. “Tivemos uma excelente receptividade pelo diretor da Penitenciária, que sempre se dispõe a deferir esse tipo de visitas e a nos acompanhar”, enfatizou o professor.
D’Agostini Júnior relatou o quanto é importante para os acadêmicos essas visitas. “A experiência para os alunos foi fantástica, pois tiveram acesso ao funcionamento do sist
ema penitenciário, principalmente a daqui que é tida como exemplo do Paraná e do Brasil. Saíram satisfeitos, relatando que tinham uma imagem do local mais depredado, mais sombrio, entretanto, viram um local organizado e limpo. Conheceram toda a estrutura, as celas, a parte administrativa e onde tomam banho de sol. Tivemos todo apoio da segurança, pelos agentes”.
O acadêmico Elton Ponciano avalia como positiva a visita. “Tivemos a oportunidade de ter um olhar amplo, de sair do senso comum e construir nossa filosofia e princípios a partir do contato com a realidade. É fundamental que conheçamos o cotidiano e que tenhamos como base, que sim, as pessoas ali encarceradas cometeram crimes e, pela lei, devem ter uma pena privativa de liberdade, mas em hipótese alguma a privação da dignidade. Precisamos nos importar com os indivíduos que estão cumprindo pena, pois, futuramente reintegrarão a sociedade, como prevê os efeitos da pena, a prevenção com a coação da norma, a punição com a pena privativa de liberdade e a ressocialização através do trabalho e do estudo”.
Avaliação parecida teve a acadêmica Danielly Siqueira da Silva. “Foi muito produtivo e de muito conhecimento em todos os aspectos, e de grande significância ver como a realidade funciona. As pessoas costumam criticar falando que é um lugar precário, sujo e com odor, mas na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão o ditame é bem pelo contrário. A estrutura e as condições para os prisioneiros são ótimas. Notamos que há necessidade de mais profissionais. Foi excepcional o conhecimento adquirido na visita e os profissionais prestaram grande atenção e dispuseram-se a responder nossos questionamentos.”